Bem-te-vi no olhar do sabiá
Guardei tua chegada no segundo que não ecoa
Te vi dentro do medo que me esvazia
Bem-te-vis à borda do riacho que o vento balanceia
Vi-te na toada do canário sonolento
Na claridade bruxuleante dos efeitos
Em luminárias coloridas em frente à morada do
palhaço
Sabia bem-te-vi cantiga de onda
Vi o trovar do basalto
Bem-me-viu alagar o olho de pôr-do-sol
Débora Corn