Amável você sabe ser, mesclado
Com uma canalhice adocicada.
Me elogia com nomes mundanos
E numa religiosidade me chama:
Querida.
Me derreto com sua ginga
Mandinga que você fez
Pra eu me cativar em tudo
Que existe seu nome.
Me vê com olhos carnívoros
Mas me abraça com devoto sentimento.
Já não me importo de me confundir
Peço seus pensamentos maquiavélicos
Desejo seus cativos toques santificados.
Adoro o jeito como você come
Devoro seu peito em doces pedaços.
Reflexo de menino em seu rosto
Mãos de homem na madrugada
Você atiça minhas vontades
Dentro do meu corpo você venta
Maré cheia, eu quero ventania
Quero o último morango, o último gole.
Meu malvado amabilíssimo
Senhor das palavras que me param
Delírio que me beija brandamente
Romantismo não curado
Luxúria que se pede.
Mesclado com uma canalhice adocicada
Débora Corn
Nenhum comentário:
Postar um comentário