segunda-feira, 12 de março de 2012

os olhos do cavalo

os olhos do cavalo
são tão grandes
tão tristes
esperançosos de quê?
iluminados
pelo dia
acariciados por nada
pobre
cavalo
pobre
de quem tem
olhos
tão
tristes
como
os
seus

Magra

Magra
me sinto
Branca
Brilhante
Viva
Respirando
O vento
Ouço
As folhas
que
são
música

Lúdica
E faço todo mundo rir
Ilumina
Sorriso
Toda essa rua
Essa cidade inteira
beira
a loucura
essas crônicas da noite

eu tenho a idade do quê?
nova
os delírios
dos dezessete anos
voando
os meus vinte e poucos
jovem
relaxando
em algum travesseiro
pra acordar
irradiando

cintura
olhos
razão

rebola
olha
molha

olhos
noites
lâmpadas

magra
piscando
vendo
acontecendo

Débora Corn

quarta-feira, 7 de março de 2012

um espontâneo para março

um batuque
um céu azul
um pouquinho de vida
uma ligação
água nesse olhar
deixa a paixão dançar

uma corrida
um licor
uma maça
as mãos bem brancas
deixa essa paixão
cantar

uma ciranda
um que de qualquer coisa
uma estranheza pela manhã
uma confusão
desentendimento a con te ce
deixa a paixão vibrar

uma risadinha
lembranças em todo lugar
deixa se apaixonar todo dia
sentir
cheirinhos

um pé na água
uma cabeça lá longe
deixa estar
deixa
a paixão
balançar

balança
lança
lança
lança