domingo, 30 de maio de 2010

Num papel de pão de açúcar





O que diz seu coração?
Você disse que a resposta
Demoraria, mas assim...

Ah, meu amor, me reservo
Das conversas, pra que os outros
Não percebam que todas minhas
Canções são pra você.

Ventania no estômago
Furacão nos olhos
Suspiros no jardim...

Escreva num papel de pão de açúcar
A sua resposta, seu último conto.

Quando enfim chegar
Só terei que passar
Em todas as igrejas de Salvador.

Ah, romântico dia!
Ele está demorando tanto, que tenho
Que rezar... Ler sobre milagres
Escrever sobre saudade.

Num papel de pão de açúcar
Débora Corn

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Câmera idéia. Leila visita a casa do ator mexicano Luíz Fernando Brachio



http://www.youtube.com/watch?v=qx9MGn5HLdc&feature=related


Veja as outras personagens da temporada, as entrevistas, os outros eventos e a busca pelo global... Tudo no You Tube. "No puedes perder, tico!" haha

domingo, 23 de maio de 2010

Qual é o seu magnífico lugar sem dono?


Qual é o seu magnífico lugar sem dono?

To whom feels better in English...
What place is your amazing place without an owner?

e ainda
parra quem preferrir um francês "frajuto" Qual cê tu lugar sem dono mon petit?
"hahaha"

sábado, 22 de maio de 2010

Emily Dickinson (1830–86).

Emily Dickinson (1830–86). Complete Poems. 1924.

Part One: Life

IX


THE HEART asks pleasure first,
And then, excuse from pain;
And then, those little anodynes
That deaden suffering;

And then, to go to sleep;
And then, if it should be
The will of its Inquisitor,
The liberty to die.


Emily Dickinson (1830–86). She was the first American poet that I read in English, It is so splendid... I really recommend...

more: http://www.bartleby.com/113/1009.html

Poemas



Se eu fosse dar todas
Minhas poesias a alguém
Daria as amáveis linhas a você.
Se eu fosse comprar todos
Os bons poemas do mundo
Precisaria de um empréstimo.
E se eu tivesse dinheiro
Como tenho paixão
Compraria todos os delirantes
Pensamentos dos poetas
E mandaria entregar na sua casa.


Poemas
Débora Corn


Para um sábado mais poéticamente poetado uma poesia chamada: Poemas! Lá vai!

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Risadas que meu ouvido gravou





Mais uma semana
Outra música que me lembra você

Na rua uma soma
De bochechas e narizes
Rostos!
Todos esses rostos parecidos.
Um velho que me lembra outro velho.
Um estudante com os mesmos livros
Que o homem que correu com sinal fechado
Ontem, carregava os mesmos!

Novamente o inverno
De novo a corrupção.
A mesquinhez de sempre.
O consumo da moda...
As futilidades boquiabertas.

E no meio de toda essa coisa
Um amor novo!
O velho sentimento!
Convites, encontros
Risadas que meu ouvido gravou

Um poeta em comum.
Elogios sinceros criados nos seus olhos
Sentidos na minha língua.



Risadas que meu ouvido gravou
Débora Corn

domingo, 16 de maio de 2010

Taças



Cachaça não se bebe
Em taça de champanhe.
Sapo não é príncipe.
Vida não é clube.
Cabeça é uma louca coisa!
Dorme-se quando pode.
Vou trocar o letreiro da porta
De “tristeza” para “O que importa”?
I’m confused.
Quero me jogar no mundo
Correr na chuva.
Sem seus ingênuos palpites.
Trocar o disco...
Deixe-me sozinha.
Mas, uma última coisa
Parabéns!
I’m confused.
Estou triste, obrigada.


Taças
Débora Corn

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Desvío





¿Qué te pasa mi vida?
Não tenho nada pra fazer
Todos acham que não tenho tempo.
Tenho muito que dizer
Acham que são palavras ao vento.
Que irritante a alienação
Concordam sem oposição.
Zeus me dê um carro!
Vou fumar o meu cigarro
E esperar um pouco mais.
Num condomínio de luxo
Encontra-se a paz?
É o que dizem especialistas.
As pesquisas revelam
O ranking da inteligência
Infelizmente está na moda
Ver e ler o que nada acrescenta
Rir do que todos riem
Ler revistas de fofoca
Saber da vida de quem
Oportuna novamente.

¿Qué te pasa mi vida?
Que não leu no jornal sobre
Moda francesa
Não é chique colocar os braços
Sobre a mesa.
Quero whisky sem gelo
Devo alisar o meu cabelo?

¿Qué te pasa mi amor?
Pero que debo mirar te
Preguntar sobre lo tiempo.
Se me falar de novo que
Bossa é música de velho
Que samba não é bom negócio...
Vai... Pegue amanhã seu avião
Com o sorriso da alienação.


Desvío
Débora Corn

Sou poeta que poetiza




Te amo sabe se lá por que
Mais uma página escrita
Sou poeta que poetiza
Sou poetisa que poeta.

Sou cantora que vive
Vivo a personagem
Danço o verso que sinto
Sinto falta de você.

Componho o mundo
Ando na lua
Me perco em você
Acho que sei.

Como você pode ser assim
Palavras não explicam.
Sonho mais que posso
Posso mais que quero.

Não explico
Melhor te encontrar
Conversar palavras
Assistir seus olhos.

Como flores
Whisky bebo
Amo você
Sabe lá por que.


Sou poeta que poetiza
Débora Corn

terça-feira, 4 de maio de 2010

Zeus, Deus, Oxalá





Zeus tire-me da lama
Deus me dê fama
Oxalá que eu faça minha cama

Pausa à tarde pra fumar
Charutos cubanos com os amigos
No hotel cinco estrelas
O mais caro da cidade
Celestes ouvidos ouçam!

Deus quero homens que choram
Oxalá quero meu próprio carnaval
Zeus que eu faça minha cama

Oxalá que daqui por diante não falte champanhe
Zeus que as coisas que eu não conheço me pertençam
Deus tire-me da lama

Zeus providencie iluminação forte pra meu nome
Deus quero La plata, sandália de diamante pra eu sambar
Oxalá me dê fama



Zeus, Deus, Oxalá
Débora Corn

Los Argentinos





Que coisa louca são meus amigos, não nos vemos sempre, mas quando nos encontramos é pura diversão, quase um besteirol americano, nesse caso argentino. Fim do ano é propício pra encontros, quando a maioria está de férias e as pessoas já esperam as mudanças provenientes do próximo ano, the New year, vai nos salvar! Ah, vai.
Pois bem, no último dezembro nos encontramos, almoçamos juntos e depois fomos passear pela cidade, sorvete pago por um, amendoim por outro, cerveja, drink, suco, pipoca, doce, chiclete...
Já passava das seis da tarde e fomos andar pela feira de Natal, encontramos uma mulher que queria que fizéssemos o cartão da loja na qual trabalhava. Ficamos batendo papo com a promotora, que perguntou de onde éramos, qual cidade. Falamos que isso não poderia ser revelado, ela tinha que adivinhar... Ela citou várias cidades, nenhuma que ilustrasse nosso momento.
Continuando a andança pela feira, passamos numa barraca mexicana e começamos a trocar palavras com o vendedor e saímos dali falando um “portunhol” atrevido.
No caminho encontramos um homem vestido de rena, do Papai Noel, e numa brincadeira começamos a chamá-lo de Viadito, Viadito!! Sem ele ouvir.
Mas, o negócio, é que o portunhol grudou.
Decidimos ir num bar, que sempre frequentamos e na reta que se segue até chegarmos ao lugar, fomos falando de tudo e de todos os transeuntes em característico portunhol.
Quando estávamos quase na porta do estabelecimento, um de meus amigos, Neto, que é professor de história de adolescentes, encontra um de seus ex-alunos.
O menino perguntou a ele onde ele estava indo:
- Estava levando meus amigos argentinos num barzinho, disse ele precisamente.
Eu e meu outro amigo, Moisés, prontamente nos vestimos com as personagens, los argentinos, ao ouvir a menção de nosso amigo curitibano.
Poderia fazer uma pausa aqui para contar sobre a psicologia das personagens, mas iria tomar um tempo grande e talvez não interesse tanto, vamos prosseguir, sem demoras.
O menino, num susto, queria nos conhecer, nos abraçar. E eu que estava passando filtro solar no rosto, porque já passava das seis, mas o sol ainda estava a pino, falei, com um sotaque imitado do mexicano da barraca:
- ¿Tudo bien, como estás, sol muy quente a cá em Brasil, heim?
E Neto, continuou:
- Eles são atores na Argentina, nem sei como consegui contato com eles, lá na Argentina, eles não conseguem nem sair na rua de tão famosos. O menino cresceu os olhos. Fazíamos de conta que nem estávamos ouvindo Neto comentar sobre nossa tão badalada vida.
O menino então perguntou se não queríamos ir com ele no Palácio Avenida ver o coral das crianças. Los argentinos queriam saber sobre a atração:
- O que és Palácio Avenida?
Nosso anfitrião e seu aluno, explicaram, “em portunhol”:
- É lo coral com los niños cantantes.
- ¡Ah, que belo, entonces, vamos ao coral!! Hablou la argentina, já prevendo a “comedia” que seria.
Quando colocamos os pés sobre a calçada portuguesa em frente ao Palácio Avenida, los portenhos, com seus óculos escuros, maneirismos gringos inventados nos últimos quarenta minutos, chamavam olhares, exigiam aplauso...
O menino encontrou com outros ex-alunos de nosso guia e contou a novidade para todos. A rapaziada ficou eufórica com os famosos argentinos, frente a frente com eles. Tiraram fotos, muitas fotos... E de repente mais gente queria tirar fotos conosco e Neto, que não parava, sempre estava renovando a história de “los argentinos” pra quem chegasse.
Todos queriam saber como era a Argentina, as mulheres queriam saber sobre los hombres argentinos, los ticos sobre las ticas, sobre la noche argentina, sobre lo tango, sobre nossa amada Buenos Aires, se viemos a trabalho ou passear...
Íamos respondendo, “argentinamente”:
- Los portenhos são muy guapos...
- ... Nuestro vinho es lo mejor de la América Latina…
- Viemos a trabajo e también passear um poquito, vamos ficar aqui até mañana e passar ano nuevo em Rio e carnaval em la Bahia.
Quer coisa mais de turista, de gringo, que ano novo em Copacabana e carnaval em Salvador?
Todos ficavam encantados com los famosos, tanta coisa que eles faziam. E arrematei num fio de voz, que todos silenciaram pra escutar:
- Después de lo carnaval, nosotros vamos a América Central e América do Norte para divulgação de la película, nuestra película:
- O novo filme deles.
Completou o guia.
Depois de muita conversa, diz a “gringa”:
- ¿Onde posso comprar una agua, puede ayudarme?
Todos imediatamente queriam levar a argentina para a barraca mais próxima, mas o guia fez isso. Nem na barraca, a personagem descansa:
- Pero que yo quiero una agua... Gracias.
Quem ficou com o argentino, queria ver lo peso, la plata argentina. Quando voltamos, Moisés estava procurando na bolsa o dinheiro para mostrar aos curiosos, pregunta-me ele com um meio sorriso, querendo rir por inteiro:
- ¿Tienes, dinero para mostrar a ellos?
- ¿No, trocamos tudo em la casa de câmbio no recordas?
- Sí, claro, por supuesto.
- ¿Que horas empeza? Preguntei, sabendo que era oito e meia.
Ficaram parados, tentando entender, o primeiro menino a nos conhecer, embarcou no portunhol, tentando fazer com que entendêssemos, “otio” “las otio e meia”.
Mas uma das situações mais hilárias foi a hora que começaram a nos questionar sobre futebol. Os garotos da roda, sem vacilar, diziam num coro:
- Brasil é melhor, de longe...
E los argentinos defendiendo su patria:
- ¡No, no, Argentina es la mejor selección del mundo!!!!
E a discussão durou mais de dez minutos e argentinos e brasileiros não chegaram a um acordo. ¡No lo creo!
Poderia também fazer outro parêntese aqui para contar sobre a arrogância que impusemos aos brasileiros nessa situação sobre futebol, mas talvez ficaria numa já conhecida rivalidade entre Brasil e o país vizinho.
Depois de tanta exposição, los hermanos ficaram cansados.
Trocando olhares, comunicamos aos admiradores:
- Precisamos ir.
Os fãs conquistados, também no Brasil, ficaram tristes, pois os famosos argentinos deveras tinham que ir. Pausa pras últimas fotos. E saímos no meio da multidão que esperava pelo coral, escoltados por nosso guia e, nesse momento, segurança. Ainda pude ouvir um fã sussurrando no meio da multidão:
- Eles são tão maravilhosos!
O que iríamos comer? Fomos numa pizzaria ali mesmo, do lado do Palácio. Entramos e Neto, insaciável, conta toda história para o garçom, que fica fascinado com os argentinos. O guia incrementa mais a história: nos pergunta se o garçom não é a cara de “Diego Morales”, um ator que filmou o último filme conosco. Ficamos espantados de ver e constatar que ele realmente era a cara de Diego. Mas dissemos que Diego, era muito bom ator, mas tinha a vida muito desregrada, tinha três filhos e um com cada mulher, isso tudo dito no bom portunhol. O garçom disse que ele não, ele tinha uma vida tranquila. E logo voltou com uma máquina para tirar fotos com as celebridades. E todos os garçons quiseram também a lembrança pra mostrar para os amigos. Pra resumir: em dois minutos chegou a pizza... Acompanhada de um vinho argentino de cortesia, “pra lembrar nossa terra.”
Do nada chega outro ex-aluno de nosso guia na pizzaria. Neto conta tudo pra ele, que estava só passando, mas fica.
E agora a história de Diego Morales se repete, só que, nesse contexto, quem é a cara de Diego é o menino que acabou de chegar. Ele fica muito contente em ser parecido com um grande ator argentino. E fica com o semblante tristonho quando ligam pra ele e ele tem que ir.
Continuamos ali por umas duas horas, entre uma foto, um tchau e uma linha nova inventada por nosso anfitrião brasileiro.
Decidimos ir, todos os garçons querem se despedir, nos cumprimentar.
Saímos e ainda vemos o fim dos fogos do Palácio Avenida. E assim também, o fim do dia de los argentinos. Que mostra como as pessoas gostam de consumir falsos ídolos, famosos, celebridades.
E tudo isso pra quê?


Débora Corn

"Dedico esta crônica aos amigos amados, Moi e Netito, sem os quais não seria possível viver momentos loucamente doces ou docemente loucos". Besos argentinamente hablados haha!

domingo, 2 de maio de 2010

Onde estão os meus sorrisos?




Ah meu amor
Estou precisando de um colo
De um abraço roubado.
De uma cama com anjos
E sonhos macios.
Queria o refresco do seu olhar
Me traga cantigas, meu amor.

Não posso chorar, as pessoas perceberiam
Ásperas palavras estão em qualquer lugar
Traga um molho pra este dia meu amor.
Li no horóscopo coisas absurdas
Mas, confesso que queria que fosse verdade.

O tempo acelerado não dá trégua
Tudo tem prazo de volta e de ida
Onde estão os meus sorrisos?
Repito já com marejo nos olhos
Onde estão os meus sorrisos?


Onde estão os meus sorrisos?
Débora Corn

Vem pra Olinda, meu lindo



Acho que aqui a gente pode
Sentir felicidade, pelo menos parece
Meu coração não me obedece

Vem pra Olinda, meu lindo
Vem viver comigo
Tá consumado, eu tô consumida
Eu obedeço meu coração
Não tem mais regra

Meu lindo, pega o primeiro
Trem pra Olinda, na vinda
Repara nas macieiras...

Estarei na estação com tamborins
Maracás e impaciência
Meu coração é só desobediência

Ele manda em mim, não tem jeito
Esse danado não ordena só meu peito
Mexe com minha vida toda, eu toda sua.

Vem pra Olinda, meu lindo
Débora Corn

Não vem pra Recife, seu patife




Não vem pra Recife, seu patife
Você não merece essas belezas
O frevo seria com sombrinhas
Pretas se você aparecesse.
Não peça pra seus amigos
Me ligarem, seu patife
Não me incomodo que saiba
Da minha vida, mas de minha
Boca não terá frescas notícias
Na verdade quer saber?
Nunca escrevi uma linha que preste
Pensando em você, patife
E aqui no Recife não faltam morenos
Pra me ver passar...
E são tão amáveis
Tão poéticos
E o papo deles é tão agradável
Sem essas bobagens que você
Insiste em chamar de assunto, patife.
Patife você não tem cacife
Pra por seus pés no Recife.

Não vem pra Recife, seu patife
Débora Corn

Falsas glórias ao fulano!






Desculpe se sou uma arrogante sentimental
Se eu volto pra pedir desculpas...
Numa humildade falsa
Finge concordar com meus pensamentos.
Não consegue sair do vício do fracasso
E quer que meus dedos dedilhem sua cabeça
Atirando boca a fora: Falsas glórias ao fulano!

Por não conseguir fingir, me perdoe.
Sou só uma sentimental por acidente.
Prefiro me abater e sair pela chuva a fora
Do que aplaudir seus enganos tão concretos.
Abstratos risos do passado!
Triste hora essa sua, seu indivíduo!
Não queira voar com esse balão cheio de mágoas.

Me absolva se sou tão irreal
Me perdoe por não me contentar em só ver o céu
Eu quero abraçar as nuvens, desculpe-me.
Estou tão comovida com seu jeito de defender as velhas mentiras
De acariciar falsos sorrisos, de receber feliz, cumprimentos tão alucinantes
E achar que é o protagonista do espetáculo que só existe na sua cabeça.
Mas, não ligue, pra nada disso, fulaninho! Sou só uma sentimental arrogante.


Falsas glórias ao fulano!
(Sou só uma sentimental arrogante)
Débora Corn

As minhas ideias...



Tenho ideias tão malucas, sempre tive. E essa é mais uma delas. Um dia tava pensando porque não fazer um programa que cobre eventos culturais, mas sem rótulos, irreverente, com vários personagens? Huh? Dois dias depois eu estava indo encontrar Juliano Martins, ator, um querido amigo, iriamos conversar sobre um outro projeto, uma peça teatral. E quando cheguei lá, pensei: Ah! Nem vou falar dessa ideia p/ o Ju, é muita doidera. Depois que falamos do outro projeto, pensei novamente, ah, vou fala p/ o Ju da minha ideia só pra gente rir... Contei pra ele! E ele... Anunciou: Nossa! E eu esperando a gargalhada. E ele: Adorei... Podemos fazer assim e depois isso e mais isso e aquilo também... Assim nasceu "Câmera Ideia" que tem ideia até no nome e já de ortografia nova. Já temos 16 episódios da 1a temporada. E logo, logo teremos novidades muitas novidades.



DÉBORA CORN como LEILA
JULIANO MARTINS como PAULO

EM

CÂMERA IDEIA

Câmera idéia é um programa que cobre eventos culturais no Brasil e no mundo e pra começar estivemos no Festival de Curitiba, maior festival de teatro do país, “que chiquê este festival, hum?!” Entrevistamos as pessoas, corremos atrás de artistas, muitas vezes famosos, outras vezes atrás de ainda não famosos tão artistas quanto. Lançamos charadas, damos dicas inusitadas... Na verdade nos divertimos seriamente com este programa de idéias loucas.

Ep 10
http://www.youtube.com/watch?v=qx9MGn5HLdc
esse é o episódio especial internacional, veja todos no you tube.

Luiza como na letra de Tom Jobim



Curta-metragem: “Mais que ontem, Menos que amanhã”. Débora Corn como Luiza e Robson Oliver como Marco.
Produção: Aline Higa; Direção: Regiane Bressan; Música: Marcelo Torrone.
Roteiro: Débora Corn, Humberto Tuti e Robson Oliver. Gravado em julho de 2007


Rua,
Espada nua
Boia no céu imensa e amarela
Tão redonda a lua
Como flutua
Vem navegando o azul do firmamento
E no silêncio lento
Um trovador, cheio de estrelas
Escuta agora a canção que eu fiz
Pra te esquecer Luiza
Eu sou apenas um pobre amador
Apaixonado
Um aprendiz do teu amor
Acorda amor
Que eu sei que embaixo desta neve mora um coração

Vem cá, Luiza
Me dá tua mão
O teu desejo é sempre o meu desejo
Vem, me exorciza
Dá-me tua boca
E a rosa louca
Vem me dar um beijo
E um raio de sol
Nos teus cabelos
Como um brilhante que partindo a luz
Explode em sete cores
Revelando então os sete mil amores
Que eu guardei somente pra te dar Luiza
Luiza
Luiza

Luiza
Tom Jobim
Composição: Antônio Carlos Jobim

Magnólia!



Magnólia! Muitas vezes não concordamos em nada com nossas personagens... E as defendemos com dentes e bobagens no caso da Mag. Ser atriz é essa doação a outra vida, a personagem. Peça: Crise a Três. Texto: Débora Corn e Audreen Santiago.
Esse trabalho foi apresentado no festival de Teatro de Curitiba de 2009, em março. Personagem: Mag.
E reapresentado no evento Expressões OI em julho de 2009.

O poeta!


Se tem um cara que me influênciou a voltar a escrever esse cara é Zeca Baleiro. Desde de 2003 eu escrevia muito, mas sem muita base. Em 2008 escutei um cara, esse cara era o poeta de letras doces que navalham a pele. E nesse instante percebi que na poesia eu poderia falar de qualquer coisa. E minha inspiração que tinha partido não sei pra onde... Voltou... Em 2008! Então, certo dia escutei Débora, música de Zeca. Haaha que delírio! Meu compositor e cantor brasileiro preferido fez uma música com meu nome... Música insolente é bem verdade, rs, a Débora da música é odiada por esse homem que sofre ainda por ela. Certa vez, num bate papo, Zeca me perguntou se eu tinha gostado da canção. Disse a ele: Claro! Pois a Débora tem uma redenção no final. Enfim, naquela ocasião escrevi essa crônica, ou somente uma brincadeira, pra homenagear, sei lá, também, se é uma homenagem, não é nada sensacional, haha! Bem, é doce como o poeta.



Apelo ao Zé


Há muitos Zés no Brasil, desde Itaqui no Maranhão até Bagé no Rio Grande do Sul. Mas quando nasce um menino no Maranhão, o Zé mais lembrado é José de Ribamar,
em homenagem ou promessa feita ao santo.
São José de Ribamar, meu santinho, tu tens o mesmo nome do cara que estou atrás, que não é coisa rara no território maranhense. Mas, rezarei neste altar, só um bocado, não tanto e explicarei como é esse lírico homem que estou à procura. Ouça minha indignação bem ouvida, aí de riba.
Com as palavras ele é brincante, caminha com seus sapatos e com sua extravagância atinge sutilmente sua platéia. O compositor tem um maldito jeito doce. Ele emaranhou e mudou de nome pra melhor se apresentar. Não que seu nome não seja bom, São José de Ribamar, nada disso, é que como há muitos meninos com o mesmo nome o cantor talvez poderia ser confundido.
O poeta do qual estou falando é mister Baleiro, Zeca de nome, de composição Zeca Baleiro.
São Zé de Ribamar, faça um approach, numa happy, after ou hora qualquer. Gostaria de entregar a mister Zeca um roteiro de músicas de caramelo e um CD de palavras em barra. Hoje, meu santinho, pode ser meu dia de caçadora, com seu help aí de riba.
Pois é, porque nem Senhor do Bonfim, nem Redentor, nem todos os santos sicilianos e franciscanos das igrejas de Ouro Preto e olha que não são poucos, nem Nossa Senhora da Luz dos Pinhais curitibanos deram jeito de eu ficar frente a frente com o maranhense.
Ele pode estar na ilha maravilha, em Babylon, em Madureira ou qualquer lugar que ele queira ou ainda na primavera numa bienal no Ibirapuera.
Lembrei de uma coisa, dear Zé de Riba, a penúltima aparição do doce poeta na ilustre cidade, a Daltoníaca Curitiba, foi dia 12 de abril. Sim! Um dia após seu aniversário, intrigante, não é, meu santinho, o que você acha? Isso torna, o poeta Zeca, muito suspeito. A acusação que tenho em mãos é muito grave, mister Baleiro é acusado de influenciar pessoas, inclusive eu.
De fazer música da melhor qualidade, faz humor em sua espécie mais fina, traz alegria até com blues, embala dias com suas baladas, com o coração, ele faz arte. O poeta me apresentou as deliciosas letras de Sérgio Sampaio, me ofereceu de bandeja Odair José, experimentei Lamartine Babo, pra ele Stephen Fry vira melodia, hardcore se transforma em líricas.
E o último CD de Zeca de Ribamar, intitulado “O coração do Homem-bomba-volume 1” é leve como os magros.
A banda que toca com ele se chama: Os Bombásticos. Essa é uma questão que o torna ainda mais suspeito. Bombásticos...
E o segundo volume do CD que saíra daqui uns três meses e já está disponível no site de José de Ribamar Baleiro três músicas pra ouvir e se envolver, deixa o poeta mais encrencado, pois ele mesmo brincou em entrevista, que as primeiras músicas são de graça e as próximas serão cobradas, como droga, isso o torna inevitavelmente quase culpado.
É, Zé de Riba, o ariano está embalando açucaradas músicas pra nossos dias.
E, Zé do céu! No volume 2, a saga continua, tem uma composição chamada: Débora. Que entrou por minha pele e saiu por meu sorriso e olhos que crêem. Desde a primeira vez que a ouvi, fiquei viciada na música, isso prova que o compositor coloca doçura em suas composições, tornando-as mais nocivas ao usuário.
E ainda tem mais vatapá pra ser jogado no ventilador.
Da penúltima vez que o santista esteve aqui em Curitiba, Zé de Riba, ele fugiu num carro preto. Tuco Marcondes, um dos Bombásticos, não quis dizer pra onde, acobertou o colorido Zeca e claro o torna suspeito também.
Zé, santinho meu, agora é com você, preciso achá-lo. Será que cruzo com ele por aí? Num samba, num jazz, numa peça, numa cobrança, num show, num banco da praça ou Itaú, por acaso, na vida, é mon cher Zezito, tem muitas opções.
Você vê daí, que eu vou por aqui.
Pois, a saga do Baleiro vai rende muito dendê.


e lá vai uma poesia ao Baleiro...



Zeca, levado da breca, você seca
Minha sede de pulsações, canções.
S’il vous plait, alguém mande meu möet chandon
Para rua das palavras compostas, 171 em Babylon.
Baleiro, marinheiro, ele navega no mar
Das sensíveis letras, dos poemas navalhados...
Doce água do mar, lágrimas de sal.
Corta minha alma, acalma meus olhos
Seca minha lágrima, magma de vulcão.
Lança toda essa música em meu coração.

Oxalá!

Ele apertou o gatilho
E eu deixei que a bala
Entrasse em minha pele
Docemente, melodicamente.

Zeca Baleiro
Débora Corn

sábado, 1 de maio de 2010

Façamos um acordo ortográfico






Essa ginga de sedutor
De um romântico, as artimanhas...
Isso é pra trucidar com meus vocábulos?

Meu suspiro não te pertence
Meu coração sequer tem disritmia quando sua voz fala.
Só não consigo mexer os olhos, ver os outros acentos
Quando você está sentado na minha frente

Andarilho é puro charme
Circunflexo sem enjoo
Tens uma dança interna
Que não me deixa descansar.
É vinho degustado lentamente
Uma poesia entregue
Um bandido trancafiado
Uma poeira
Um íntegro político
Gatuno de meus olhos
Abolido hífen
Verbo que se fez necessário
Amém

O deslumbre de um pobre coração
Faminto de amor
Sem dinheiro pra acessíveis palavras
Magro de sonhos

Façamos um acordo ortográfico
Para de ser tão paradisíaco
O Benquerer das páginas reescritas
Ideia lírica, estreia de um romance
Trema
Trema
Trema



Façamos um acordo ortográfico
Débora Corn

O blog profético!


Pois é! A profecia se fez pão, hoje nesse dia do trabalho, pão com fibras para todos, bom pra saúde e para pele. Bem quero e espero que as poesias e as loucuras artísticas da Senhorita Débora Corn, no caso, eu mesma, sejam de benefício do coração pulsante em dias tão duros... Não sou profeta, mas já dizia minha vó que esse blog demoraria pra sair, e eu disse numa certa ocasião que mais fácil seria Moisés abrir o Mar colorido, naquela situação vermelho, do que este blog se manifestar. Mas olha aí, saiu, chegou, profetou! ahaha! Sou atriz que poeta isso é o que me cabe por hora... E vamos posiar! Poetar! Atrizar! Comecei... Na verdade, ainda, são testes, construções, não sei mexer, não sei blogar, tudo que é novo é deste jeito e que beleza que é assim... E já dizia minha vó também, ou talvez dizia, não lembro ao certo, tudo se aprende!




Vou pra um lugar sem dono
Onde eu seja dono dos meus pés
E caminhe até sua boca.
Vou pegar esse avião
Voar entre as nuvens
Dizer olá às estrelas
Pegar a lua pra você
Atravessar o Atlântico
Ser dono de mim
E do seu mais singelo olhar.

Vou pra um lugar sem dono
Débora Corn