domingo, 25 de novembro de 2012

Não quer consumo, quer verdade

Que apatia é o consumismo Ângelus! Eu como sonhador Acredito em sei lá o que. A chuva lavou os carros Parados no congestionamento Triste céu sem cor de domingo O amor não se limita Em perfume, bolsas Ou o que quer que seja Qualquer mercadoria que se compre Numa data comercial Minha alma não almeja Consumo quer cultura Sentir, respirar a música Presenciar a doçura de um Baleiro! Escutar um Eco de Umberto Num filme do Burton, rir. Sentir o calor das mãos Apaixonadas... Ângelus! Meu coração não quer Consumo almeja verdade.

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Café na quitanda, Quintana Um milagre aqui outro mais pra lá. Ir à quitanda “quitandar” Cada lágrima Outra palavra Mais lamentos Monto outra toada. Quintana! Ir lá poetizar Café na quitanda, Quintana. Um cigarro pra pensar. Laranja, eu comprarei na quitanda. De Quintana, outra poesia Que poetiza meus olhos “Quitandarei” com as frutas da estação “Quintaneando” um verso pra lá e ali Um milagre pra empalhar. Débora Corn

terça-feira, 7 de agosto de 2012

Sem perigo no mundo

Sem perigo no mundo Se não houvesse perigo no mundo Eu olharia nos escuros olhos azuis do céu E pularia do avião no seu deserto Eu iria querer só o perigo de me emocionar Com uma audaciosa peça de teatro. O perigo de olhar além do vidro do carro E construir fantasias escutando música. Só gostaria de me preocupar com as Balas doces do seu bolso. O perigo de me apaixonar por alguém Que não se parece tanto comigo. O perigo de gostar tanto desse mundo E assim imaginá-lo sem perigos... Débora Corn

Amendoim é uma coisa tão boa que nos faz (me faz) pelo menos ver a vida mais azul.

sábado, 21 de julho de 2012

Meu São José do Rio Preto

Meias. Meias são coisas divertidas, claro as pretas, marrons e brancas, são tristonhas e sem graça. Mas, as meias coloridas de listras, bolas, até o joelho, de joaninhas, cor de maça, com maças, com pêssegos, com goiabas, em cor de goiabas, nossa, são alegres demais. Acho luvas legais também, mas as meias, ah, as meias, são muito mais, mais... Contentes, vivas! Sim... Você para e pensa um pouco, se colocarmos dois olhos nas meias elas se transformam em fantoches e mais engraçado ainda se elas (os fantoches) estiverem no pé mesmo. Imagine os pés conversando num palco de fantoches, com um texto denso e claro, com grandes pausas no começo, com personagens bem característicos do teatro do absurdo, ou melhor, Meias dramatizando o teatro político de Bertolt Brecht, ou ainda as queridas, coloridas e animadas Meias poderiam poetizar com vestidos longos e sapatos de príncipe contos de fadas. Bom, talvez pra você leitor, isso tudo não faça o menor sentido. Mas pense e pare. Suas meias são divertidas? --- Débora Corn

quinta-feira, 12 de julho de 2012

A chuva cai grande, pequena, alta cai no alfalto com luzes vermelhas. Tá tudo tão molhado. A chuva cai em cima do carro branco e na outra pista a água roda na roda. Débora Corn - Roda na roda

quarta-feira, 4 de julho de 2012

EU ME BANCO!
4 de julho se você não fosse um dia, pediria para sua linditude ficar mais um bocado... E ia ficando... Ficandinho... Eu bem que ia apreciar...

segunda-feira, 25 de junho de 2012

essa é deles

Aos amigos minha curvatura o jogo das cinturas os dentes mais sinceros os sábados os domingos as segundas as coisas mais hi lá ri as os contos inventados o encontro no café as fotos as motocicletas as bicicletas as borboletas e as cornetas aos amigos as boas-vindas o bom dia a alegria a companhia a cia a brincadeira de roda a viagem da moda o vinho quente a nascente do agora as canções de amanhã tudo é vida tudo é comida aos amigos aos amigos tudo tudo que completa tudo que junta a eles... ... aos amigos

quarta-feira, 13 de junho de 2012

A vida é um treco que não se sabe. Nem ela deve saber o que se passa... As trstezas que passam pelos olhos. O céu que só abre depois das onze da manhã. Cada dia fico mais forte e a vida, ela vai indo... Eu só quero sorrir para ela e às vezes ela insiste em me detonar, em me sabotar. Eu mandarei ela calar a boca mais vezes, não pode fazer isso, não, não, não! É como educar um filho! É como educar um filho? É educar você mesmo a viver... Respira pois a inspiração é uma coisa que vai e... Volta, amanhã de manhã... Se a irritação sanar. A vida, meu amigo, é beleza pura. Tem que saber levar, oh, se tem. Arrasta a sandália a música começou. A vida recomeça toda vez que você amadurece um pouquinho. O simples como é difícil viver o simples, achar o simples de viver, eu só quero isso, ter todas as coisas bonitas de uma vida simples (e simples não é simples de definir) pois simples não é ser pobre ou menor, é sei lá, é viver do que realmente importa. Sem ligar pra falsas politicagens, celebridades, futilidades... Futilidades e mais dessas...

sexta-feira, 8 de junho de 2012

Buena Vista Social Club

Chan Chan Buena Vista Social Club De Alto Cedro voy para Marcané Llego a Cueto y voy para Mayarí El cariño que te tengo Yo no lo puedo negar Se me sale la babita Yo no lo puedo evitar Cuando Juanica y Chan Chan En el mar cernían arena Como sacudía el 'jibe' A Chan Chan le daba pena Limpia el camino de pajas Que yo me quiero sentar En aquel tronco que veo Y así no puedo llegar De Alto Cedro voy para Macané Llego al Puerto voy para Mayarí

segunda-feira, 28 de maio de 2012

a bota vermelha vai

capítulo 1 eu vou pra Lalía Vou pra Lalía, com minha cesta de maças, já têm maças e vou pra Lalía, cada coisa que me irrita, anjo universal afaste o que não é bom da minha pupila, volte o vento mais forte, porque ele volta e não vem. Estou indo pra Lalía, eu já sinto, eu já vejo? Só não sei como levarei meus sapatos e casacos e botas e todas minhas roupas, todas não vão mesmo, mas a bota vermelha vai. Minha boca é confiança até mesmo sem brilho, meus dentes são adorados, minhas mãos bem brancas carregam a mala, a bagagem toda, é um mundo, país novo, que diz: Bem Vinda, mulher com poder nos olhos. Não tema boabagens, não é de seu feitio. Garantir é com sua palavra. Palavra de fé, palavra de honra. Palavra de briga, mas não de desordem. Num fluxo pensante, me lembro, pra que levar tão a sério essa vida? Vamos rir na quarta a tarde, sem culpa... Não vamos trabalhar amanhã tão cedo e ir no parque já em Lalía, não esquecendo de Lalía, a Lalía seja boa pra mim... Vou girar o vestido na praça em Lalía, vou passar pela fonte de bicicleta, vou ter que comprar uma bicicleta em Lalía, mas as botas vermelhas? Ah, sim, no inverno em Lalía posso andar de bicilcleta com elas e passar pela fonte, pelo café e chegar na minha casa em Lalía. O amor é cada vez maior em Lalía também. Oh Lalía, oh oh!!!! A música para Lalía é animada...

segunda-feira, 7 de maio de 2012

um bebê sorriu pra mim

Um passarinho veio me dizer coisas hoje, não respondi pois não falava a língua dele. Era algo sobre riso de um bebê, foi o que eu entendi... O som era contagiante e me fez rir também. Débora Corn

quinta-feira, 12 de abril de 2012

pensamento do vento

Porque não gostar de poesia?
Essa ânsia
Dos vidros pintados poéticamente
deixa a poesia refrescar seu dia
deixa


Débora Corn

segunda-feira, 12 de março de 2012

os olhos do cavalo

os olhos do cavalo
são tão grandes
tão tristes
esperançosos de quê?
iluminados
pelo dia
acariciados por nada
pobre
cavalo
pobre
de quem tem
olhos
tão
tristes
como
os
seus

Magra

Magra
me sinto
Branca
Brilhante
Viva
Respirando
O vento
Ouço
As folhas
que
são
música

Lúdica
E faço todo mundo rir
Ilumina
Sorriso
Toda essa rua
Essa cidade inteira
beira
a loucura
essas crônicas da noite

eu tenho a idade do quê?
nova
os delírios
dos dezessete anos
voando
os meus vinte e poucos
jovem
relaxando
em algum travesseiro
pra acordar
irradiando

cintura
olhos
razão

rebola
olha
molha

olhos
noites
lâmpadas

magra
piscando
vendo
acontecendo

Débora Corn

quarta-feira, 7 de março de 2012

um espontâneo para março

um batuque
um céu azul
um pouquinho de vida
uma ligação
água nesse olhar
deixa a paixão dançar

uma corrida
um licor
uma maça
as mãos bem brancas
deixa essa paixão
cantar

uma ciranda
um que de qualquer coisa
uma estranheza pela manhã
uma confusão
desentendimento a con te ce
deixa a paixão vibrar

uma risadinha
lembranças em todo lugar
deixa se apaixonar todo dia
sentir
cheirinhos

um pé na água
uma cabeça lá longe
deixa estar
deixa
a paixão
balançar

balança
lança
lança
lança

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Niente

"Niente è metodo e tutto è sperimentazione" (Pietro Costa)

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Um Grego chamado: EURÍPEDES

Um Grego chamado: EURÍPEDES
480 a.c -- 406a.c


Eurípedes nunca ficou indiferente aos acontecimentos de seu tempo, a primeira metade do século V, foi marcada pelas ideias novas, que invadiu a Ática e abalou os nervos de Hélade, foi marcada pela atividade intelectual dos Sofistas, abrindo caminho para o CETICISMO.
Retóricos estes filósofos, dentre eles o grande Sócrates, aproveitaram da crise do pensamento grego, criado exatamente pelas especulações filosóficas e as crises sociais, e fizeram com que os jovens atenienses tivessem a defesa tanto do pró como do contra de todas as coisas, opondo a razão à própria razão. Tudo se submetia à razão individual as crenças tradicionais, a religião, a moral...
Com isso, Eurípedes modernizou lendas, conservando nomes, mas criando com liberdade, para que seu público não acreditasse em lendas mitológicas que ele próprio não comungava.
Como o século V, foi iluminado pelo ceticismo, como Eurípedes tratava os deuses?
Muitas vezes o retratam como ateu, mas ele jamais investiu contra o sentimento religioso. O poeta de Alceste, apenas coloca os deuses em encontro com sua consciência moral e muitas vezes são apresentados em situações e posturas mesquinhas: ciumentos, vaidosos, vingativos, injustos.
Em Hipólito, observamos o ciúme de Afrodite (Vênus). Que com sentimento de vingança amaldiçoa Fedra, mulher de Teseu, pai de Hipólito, para que ela se apaixone loucamente por Hipólito, matando assim os dois, Hipólito e Fedra.
È o que vemos nesse Trecho de Hipólito:


Vênus: O filho de Teseu, germe Amazônico,
Pelo casto Pitéu criado, Hipólito,
Só ele entre os mancebos da Trezênia,
Diz ser eu uma deusa abominável:
Rejeita núpcias, delas se aterroriza,
HONRA A DIANA, irmã de Febo, e filha
De Jove: esta sua grande divindade;
Na sua companhia pelos bosques
Ligeiras feras de contínuo acossam,
E aspira a mais do que a um mortal é dado.
Mas isso não o invejo, nem me importa;
Mas do que em que me ofendeu, HEI DE VINGAR-ME
Do homem neste dia: do trabalho,
Tendo-o já adiantado, pouco resta.
Porque há tempo indo Hipólito, da casa
De Pitéu,visitar a Ática terra,
E ver e assistir aos venerandos
Mistérios; O VIU FEDRA, nobre esposa
De seu pai e então por arte minha
Um FURIOSO AMOR CONCEBEU N’ALMA.
...
Co’a morte dos Palântidas, fugindo
Do sangue derramado à triste mancha,
Teseu com a consorte aqui a porta,
Para cumprir seu anual desterro
Assim a miseranda suspirando,
E das setas de amor atravessada
MORRE EM SILÊNCIO; o mal ninguém lho sabe,
Mas este amor não me convém que afrouxe:
Mostrá-lo-ei a Teseu, será sabido.
Ao meu duro adversário autor da morte
Será seu pai mesmo; pôs que Netuno
Anuiu Teseu, por dom, três vezes
Todo o voto outorgar que lhe fizesse
Sim é ilustre Fedra ; porém morre:
Pois o seu mal a mim mais me importa,
Que de sorte PUNIR MEUS INIMIGOS,
Que um ponto não ofusque a minha glória.





Já em ALCESTE, vemos que Eurípedes retrata, Apolo, como bom.
Tendo ele errado ao IRRITAR-SE COM CÍCLOPES E MATADO O MESMO, por consequência ele é submetido a trabalhar como servo na casa de Admeto.
Extremamente REALISTA Eurípedes traz a tragédia para as ruas de Atenas é o que vemos neste trecho de Alceste.


Apolo: Ó palácio de Admeto, onde me vi coagido a trabalhar como servo humilde, sendo embora um deus, como sou! Júpiter assim quis porque tendo fulminado pelo raio meu filho Esculápio, eu, JUSTAMENTE IRRITADO, MATEI CÍCLOPES, artífices do fogo celeste. E meu pai para me punir, impôs-me a obrigação de servir a um homem, A UM SIMPLES MORTAL! Eis porque vim ter a este país; aqui apascentei os rebanhos de meu patrão e me fiz protetor deste solar até hoje. SENDO EU PRÓPRIO BONDOSO e servindo a um homem bondoso, filho de Feres, eu o LIVREI DA MORTE, iludindo as Parcas.

Concluímos, que o poeta de Hipólito, de Alceste e de tantas outras maravilhas peças, NUNCA se ERGUEU contra a religião, num tempo de pensamentos Céticos.

“mas contra os deuses tão mal apresentados pela mitologia e, sobretudo contra as fábulas imorais acerca desses mesmos deuses”.

Está ele, amparado pela razão...

Ele que teve a coragem de em pleno século V, enfrentar os Aristófanes (da vida), um público frenético e ousar inovar o que já era consagrado por Sófocles e Ésquilo.
A tragédia se inovou. Incompreendido no seu tempo, ele escreve para o futuro.
Ele é entre os trágicos gregos, o maior reflexo de sua época, o gigantesco século V, o século de Péricles.
Grande trágico foi Eurípedes, autor de Medeia, Orestes, As Bacantes, Alceste, Hipólito, Electra, entre tantas outras peças.
Ele comungava das ideias sofistas de grandes filósofos como Sócrates que buscavam bases filosóficas para o mundo e, COM ISSO, AMEAÇAVAM A SUPREMACIA DA MITOLOGIA OLIMPICA E POR CONSEQUÊNCIA O PODER ARITOCRÁTICO. Por isso foi rejeitado por parte do público.
Eurípedes humanizou seus personagens, retratou as paixões de maneira intensa...
Filósofo do palco, feminista de sua época, trabalha o drama psicológico.

Numa breve análise das peças Hipólito e Alceste. Observei o século V, sendo dominado pela sofistica, onde A VERDADE ESTÁ COM QUEM A DEFENDE MELHOR.

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

clowns

Life sucks, sweet butterfly! Why don’t you lie, too? Dreams are dreams. People are people. You’re a dreamer and why? Why this shit? Dark day with blue sky! Believe? Why? You do believe little butterfly and why? Stupid… Porque ser tão ingênua? Os grandes olhos estão mentindo? E porque toda essa estupidez. Why? Por quê? Mentir... É isso! Por quê? Borboleta com o coração tão pequeno, tão selvagem e tão ingênuo, que idiotice menina borboleta. Voa mas não acredite mais em bobagens... Voa pequena borboleta colorida e poderosa por onde quiser, mas não acredite mais. Acreditar é uma repetição absurda para os dias recentes. Pequenina borboleta de olhos tão brilhantes suas asas e seus belos olhos são preciosidade nesse mundo, só sabe disso quem sabe que uma chuva de verão pode virar inverno numa batida de asas.

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

20 12

Ano novo e a vida? Nova? Ser artista é um negócio louco mesmo viu, no ano novo ou velho. Ser artista? Ser gente. Ser gente de bem, ser eu, ser você é deveras muito louco. Viver é muito perigoso, já dizia o fantástico Guimarães Rosa. Pois é, não é fácil não. Agir, reagir, acordar, amadurecer, ganhar dinheiro, ser feliz? Ah, é, ser feliz. Isso é importante. Pelo menos eu acho. Num mundo de aparências, onde está a felicidade, onde está os olhos nos olhos, o cheiro, os dizeres de afeto, a gentileza, onde está a gentileza? O apego a poesia, as peças de teatro, a música, ao cinema que se faz chorando, onde está o apego a tudo isso? Vai saber... Mas será que procurando a gente acha? Será? Bom, se as perguntas movimentam o universo, aqui existe muitas delas.