segunda-feira, 25 de abril de 2011

2 minutos com Edgar Allan Poe, salve Edgar salve sempre!


Edgar Allan Poe tua mão na pia
Lava com sabão tua solidão
Tão infinita quanto o dia

Maldição
Zeca Baleiro


Defino a poesia das palavras como Criação rítmica da Beleza. O seu único juiz é o Gosto.

Edgar Allan Poe



Quem sonha de dia tem consciência de muitas coisas que escapam a quem sonha só de noite.

Edgar Allan Poe


É de se apostar que toda idéia pública, toda convenção aceita seja uma tolice, pois se tornou conveniente à maioria.

Edgar Allan Poe



Convencido eu mesmo, não procuro convencer os demais.

Edgar Allan Poe


Edgar Allan Poe (Boston, 19 de janeiro de 1809 – Baltimore, 7 de outubro de 1849) foi um escritor, poeta, romancista, crítico literário e editor estado-unidense.

mais:
http://www.facebook.com/#!/pages/Edgar-Alan-Poe/110182369003186

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Quero sabe quem foi?



Desfilo na minha avenida
Ninguém tem nada com minha vida.
Quem sugeriu que homem não chora?
O poeta, cheio de lágrimas, me devora.
Sou do frevo, sou do bumba-meu-boi.
Tô aqui e quero sabe quem foi?

O fato é que nunca estamos risonhos com o que temos
O amor que nos escolhe nunca é o que elegemos

Sua credencial está vencida
Não tenho nada com sua vida.
Seu terno não é de marca?
Seu colar, seu relógio não são de ouro?
Já tem gente na minha barraca.
Cada um faz o que quiser com seu próprio choro


Quero sabe quem foi?
Débora Corn

terça-feira, 12 de abril de 2011

Reparar na grama




Amor
Como vou reparar na grama?
Na verde grama que você cortou
Se as estrelas não deixam
Espaço em meu olhar.
Dias bons, dias sem fim
Noites encobertas
Sem lugar nos olhos
Como posso perceber a grama?

Reparar no sol, um sorriso branco
Como? Se dentes amarelos tristes
Insistem em aparecer.
Andar por aí, ligar pra ninguém
O sol amarelo como vê-lo?
Sol que faz suar a pele
E queima mais meu coração
Hoje não posso fazer nada


Reparar na grama
Débora Corn

domingo, 3 de abril de 2011

Como separar o mar da areia - Festival de teatro de Curitiba


Quando se pensa num festival como é o festival de teatro de Curitiba, a gente logo pensa o que vou ver? Como escolher? Como não entrar em uma furada? Como separar o mar da areia... Mas nesse festival o que eu menos tenho pensado é sobre isso. A arte dos encontros em meio a tantos desencontros tem me feito perceber que o que temos ainda de melhor na arte, a troca, tem acontecido, pelo menos comigo e com as pessoas que tenho conhecido. Pessoas focadas na pesquisa teatral, na preocupação com a qualidade, na intenção de aprender com os melhores. Trocar influências com gente de todo canto e assim enriquecer seu trabalho, trocar devaneios nas portas dos teatros na saída, na entrada, na rua, na coxia... Ouvir coisas que você não esperava, conversar por três horas sem sentir os minutos passarem... Se algo faz sentido nesses festivais, esses encontros são o que me movem.
E nesse movimento de encontros ontem assisti: “Homem piano- uma instalação para a memória”, com atuação de Luiz Bertazzo, dramaturgia e direção de Sueli Araujo. Uma das peças que mais me emocionaram na vida (se é que isso é algo pra se levar em conta), a peça é uma poesia para olhos atentos, ela "Eu... Ele... Nós" te convidam a uma entrega, uma partilha de você mesmo e de suas memórias. Na entrada nossos olhos são ganhos por um visual de bloquinhos de papel pendurados na parede com um lápis cada um. Ali anotamos algo que precisamos deslembrar. Depois todos depositam os papéis em um liquidificador, que em seguida é ligado e assim todas essas anotações a serem esquecidas são estilhaçadas. Fragmentando os pequenos papéis, a peça começa já mexendo conosco... E continua movimentando... Continua... Realizei também que ainda há platéia com os olhos prontos pra se encher de água, ainda há muitas peças que nos levam a sonhar, pensar e mudar pelo menos alguma coisinha (que seja) em nós mesmos.