sábado, 12 de novembro de 2011

Isso não é poesia

Na verdade não sei nem o que escrever
Às vezes o coração borbulha demais
Respirar e correr e cantar... E manter o ritmo

Mas ainda consigo rir da fragilidade do todo

Meus olhos não vêem...
Eles querem olhar algo?
Decepção raiva quieta
Pulando azeda se contorce

Bobeando
Isso
Cresce
Gente

Não entendo tanta falta de tudo
Sensibilidade quem tem?

O peito inflama
Não derrama nada

Mesmo assim retoma uma
C-a-n-t-i-g-a
De manhã
Gosta de pequeninas fofuras

Não se perturba.
Dedos nas teclas
Escrever o que?
Isso serve pra algo?

A foto é tão azul
E as nuvens são tão cinzas

E são tantas pessoas que levam uma vidinha besta
Embrulhada para presente
São hienas que choram, falam e repetem coisas

Pobres criaturas
Dá pena
Oh
Oh
Oh
Ai da minha pessoinha!
Dizem caindo por aí...
Não sabem o valor de nada
Acelerem seu relato
Não tenho o dia todo
Tenho canções
Para
C-a-n-t-a-r

Le Le le
La La La
Xiqui xiqui
Balança
A folha
No pinheiro

La La La
Le Le Le
Xaqui xaqui
Balança
A folha
No limoeiro


Isso não é poesia
Débora Corn

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