sexta-feira, 26 de junho de 2015

Mais um mês distante do Willy

Mais um mês distante do Willy

E lagrimo a ler José Luís Peixoto que grafou aquarelas à cidade do Porto cravada dentro do meu olho existindo como pupila

Escuto os fogos do dia de São João e agrada-me o rio

Avisto um leopardo a perambular pelo calçadão e é só uma tatuagem na perna de alguém como no texto de Caio F

O melhor carro nacional passa do meu lado e acho coisa pouca

A mulher magra até elegante fuma seu cigarro, anda com passinhos de desfile, para em frente ao mercado e bate a cinza na lixeira – observa o céu cinza; trago um pensamento: quiçá o momento equivalha para ela como o mais vivo do dia

O sino da Catedral badala marcando dezoito horas e ainda são dezessete horas e cinquenta e seis minutos


O cheiro da pipoca doce penetra meu olhar salgado, uma saudade dele quase improvável aquece-me o paladar 


Débora Corn

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