quarta-feira, 30 de setembro de 2015

10

SETEMBRO

O ipê dançando num giro romântico
Caiu no asfalto
Não sentiu dor nem gritou
Amarelo repousou na rua
Na triste quarta de calor
Não era primavera visto que o ipê floresce no inverno
Ele aviva a garoa

Desabou num rodopio poético
E quem passava não aplaudiu
Tampouco olhou seu exagero de beleza
Luz na praça aclarava o balé
Mais um girou lentamente até pousar
O restante sacudiu suavemente
A espera do minuto exato


Débora Corn
Poema pág 10 de Pinturas para Claude
Editora Corpos

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