domingo, 6 de junho de 2010

Não tenho fim nem começo



Não sei mais quem sou sem ele.
Penso em não pensar e já penso.
Ontem era eu, hoje sigo sem saber.
Ninguém pra me ouvir.
Identidade ao vento...
Quem eu fui?
Fogo no meu coração.
Chama nos meus olhos.
Chamo por ele...
Me afogo no ar
No mar não respiro.
Sou quem agora?
Quem eu serei amanhã?
De repente as cartas
Pararam de chegar...
Vou saltar quando?
Rodo com meu carro
Noites e noites.
Choro sem querer lembrar
E recordo...
Nada sei de mim
Sem ele não me conheço
Não me obedeço
Não me reconheço
Não tenho fim nem começo.
Já não conheço perigo.


Não tenho fim nem começo
Débora Corn

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