quinta-feira, 19 de maio de 2011

A cidade que inventei com o mundo dentro



Inventei sorrisos, flores.
Uma cidade de copos, talheres, inventada.
Um melodrama, uma comédia
Tudo eu inventei.

Um abraço é só o que te peço.
Com o mundo dentro, um abraço!

Com amigos bem colocados
No tabuleiro, vou dançar com a noite.
Rascunhos seus pela vila
A reinventar vinhos, pratos...

Fotos no celular, na parede
Te reinventam no bar, na praça
E invento histórias como um gibi
Onde os amigos pensam ou riem.

Na noite que já se entregou ao dia
Os bufões querem cigarro!
Se arremessam e gritam: Um cigarro!
Eu no meu jogo de xadrez

Peço ao rei amigo
Que meus inventos deem lucro.
Minha imaginação não pede pouso
Latindo pra algo ela segue acordada.

Motos rodam na minha cabeça
Como um globo da morte, aquele de circo.
Não me preocupo com as motos
E sim com o globo

Que a qualquer momento
Pode se desprender do chão
E varrer a cidade de talheres, garfos
A cidade que inventei com o mundo dentro do seu abraço.


A cidade que inventei com o mundo dentro
Débora Corn

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