segunda-feira, 2 de maio de 2011

Pelo amor de alguma coisa não há resposta para todas as infelizes perguntas




Mais uma vez um soluço
Pergunta pra noite: Porque isso aconteceu?
Não quero cuspir a saliva seca.
Com o cigarro pendurado nos lábios
Não queria que a primeira poesia pra você fosse assim

Uma respiração funda
E eu não queria...
Queria que ela fosse leve como pluma
Bonita como um dia no passado
Colorida como as flores

Não gosto de chorar por nada
E não gosto de sentimentalizar as tristezas
Eu aspirava pra você uma primeira poesia
Cheia de encanto e intensos pedacinhos de felicidade

Vá repensar o que quiser
Ultimamente tenho refletido com o rádio ligado
Porque as pessoas refletem tanto?
Que confusões absurdas essas criaturas humanas tanto têm?

Relações falidas são o mal da semana, do mês, do dia de ontem
Faça um bolo, colha uma rosa meu amigo, hoje o dia não foi legal
Ouça bem a canção do vizinho, o vento está vindo do norte
Mas uma vez soluçando quero saber, por que isso vai indo, vai caminhando

E meu sexto sentido anda enguiçado, não tá trabalhando
Certamente parou de responder, como os santos para quem rezamos
Anote qualquer coisa, qualquer coisa que seja sobre relacionamento
E eu novamente quero entender: Minha gente, querida gente, porque tanta crise?
Pelo amor de alguma coisa, por gentileza me informem, me mandem uma carta,
Um telegrama, uma mensagem divina, qualquer coisa serve
Só parem de tricotar confusões heróicas perto da minha cabeça

Tudo gira esquisitamente e a música enche o espaço
Tenho alucinações baratas com pedras preciosas no pescoço
Vou exorcizar mais um verso pra você baby
Respeito coisas que nem eu compreendo
Sou do bem, com olhos atentos bem abertos para o amanhã

A vida corre, escorre... E não é tempo de esperar respostas
Pergunte o que quiser, mas não espere por respostas – Ah – respostas
Vou rir um pouco na outra sala depois te falo
- As respostas – meus caros, bem, as respostas? Deixa pra terça-feira ou sexta
Talvez eu respire fundo não chore mais
Não pense em mais nada, não me magoe com simples adjetivos
Eu que pensava nos verbos mais carismáticos

Nada acabou ainda
Mas essa gente confusa me empobrece os dias
Enche-me os minutos com assuntos antigos
Tudo que passou os meus caros deveriam deixar lá
Lá onde? No passado, por gentileza, por amor de qualquer coisa
Deixe lá onde deveria estar

Eu acho uma bobagem essas coisas
Vamos retomar o papo sobre confusões
Ah sim, as tais confusões... Fiquei confuso!
Confundido. Mas há tanta coisa confusa no planeta
Pelo menos seja você menos confundido por tudo
Pelo amor de alguma coisa não há resposta para todas as infelizes perguntas

O trem não vai ficar te esperando na estação
Nem minha vida para sequer um segundo
Pra te responder algo confuso da confusão confusa
Eu canso, estou cansada, meus caros vá tomar uma água benta
E lave o cabelo com a mesma... Estou cansada, caros!

Onde está a leveza dos dias leves?
Pelo amor de nenhuma coisa, onde está?
Pois é, as respostas, quase nada têm resposta.


Pelo amor de alguma coisa não há resposta para todas as infelizes perguntas
Débora Corn

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