domingo, 15 de agosto de 2010

A amizade balança como as árvores


Esses dias eu vi uma entrevista com José Wilker. E ele disse uma coisa que eu já havia comentado com meus amigos nos cafés de terça ou de quinta-feira nas tardes ensolaradas no nosso coração. Bom, fato é que Wilker disse: Amigos são aqueles que já não se vêem há muito tempo e quando você os reencontra parece que a conversa, o bom papo, parou e recomeçou não faz nem cinco minutos. Isso é tão curioso; e hoje nesse domingo frio, mas com um sol admirável, me encontro num refúgio de escritora, na varanda de minha casa, viajando com as brancas nuvens pra lá e pra cá, entre um riso e outro por causa das travessuras do Joey, meu felino, penso aqui e ali nos meus amigos entre uma música e outra. Tenho ventura de ter os melhores. A gente vai e vem e a vida nunca nos separa, no inverso cada vez nos unifica além do que já tínhamos. Alguns dos melhores amigos estão fora do país, em outras cidades, alguns aqui, mas a vida de sonhos ligeiros e obrigações às vezes nos separam por longas estações. Mas quando nos reencontramos num aeroporto em qualquer lugar do mundo, ou naquele restaurante, onde, várias histórias já ocorreram, ou ainda na nova casa ou apartamento de algum de nós... Tudo é absolutamente idêntico. A conversa flui como se nunca ninguém tivesse ido... E voltado. Como se nunca nenhum de nós tivesse deixado a sala por nem mesmo dois minutos. A amizade balança como as árvores, esquenta como esse sol de domingo, que entra devagarzinho pela janela e beija nosso rosto com todo carinho.

Débora Corn

3 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. Achei linda a espontaneidade que foi escrito o texto, e como são verdadeiras essas palavras.
    Os amigos mudam, mas a essencia que compõe a amizade permanece e atravessa o tempo fortalecendo-se. Beijos ao Joey, seu felino(se for o de quatro patas, óbvio!)

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  3. Obrigada Ceres! E o Joey receberá os beijos, pode deixa, rsrs!

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